quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Entrevista com o autor do texto: "Morrer? nem Morto!"

Entrevista com Geraldo Lafayete





autor do texto: MORRER? NEM MORTO




Um dos espetáculos de maior sucesso do grupo de teatro Viver com Arte, foi a montagem do texto: "Morrer? Nem Morto!" de Geraldo Lafayete.



E para matar um pouquinho a curiosidade de como surgiu este brilhante texto, procuramos o autor que nos explicou como ele surgiu e se dispos a estar conosco na proxima montagem.





COMO SURGIU O TEXTO MORRER? NEM MORTO!

A peça surgiu inicialmente no ano de 1988 quando residindo em Betim, criei um grupo de Teatro naquela cidade, mais propriamente no bairro Jardim Pampulha, conhecido como Riacho III. Era um grupo de jovens e eu precisava montar algo com eles. Era já acertado que devia ser uma comédia. Então, me reuni com três amigos, Flávia Peixoto, Júnior Borges e Tavinho Moreira e começamos a pensar idéias onde pudéssemos colocar oito pessoas no palco, de acordo com o material humano que tínhamos. Nesse dia, discutimos sobre a comédia de costumes, estudamos bastante Martins Pena e iniciamos um laboratório pra decidir em qual circunstância a peça aconteceria. Queríamos uma circunstância bastante obvia, onde poderiam acontecer diversas situações. A primeira idéia foi um consultório psiquiátrico onde vários pacientes entrariam e criariam diferentes cenas.... mas de repente alguém contou a história de um velório onde se não me engano a viúva não queria deixar que enterrassem o morto. Era um caso verídico, mas demos muitas gargalhadas com o fato e então, depois que todos foram embora, resolvi tentar colocar no papel um pequeno roteiro do que posteriormente seria a peça MORRER? NEM MORTO!!!. No dia seguinte, quando conheceram o roteiro aprovaram, gostaram muito e dei inicio a argumentação do mesmo, chamando a peça de MORTE SEM SOSSEGO. A primeira vez que foi apresentada então teve este título. Mas logo mudamos por causa de um “jargão” usado no final da peça pelo personagem que protagoniza a peça “Mário” e que todos repetiam nas ruas: MORRER? NEM MORTO! Como essa fala ficou na boca do povo, trocamos o titulo da peça.





QUANDO FOI CRIADO?

Foi criada a primeira versão da peça em 1988. Em 1995 a peça foi reescrita com alterações e inclusive aumento de cenas e argumentações para ser encenada por grupo profissional de Belo Horizonte.


DE ONDE VEIO A INSPIRAÇÃO ?

A peça nasceu de uma necessidade de um espetáculo que se adequasse ao material humano que tinha em Betim. E a inspiração final veio de um caso verídico contado no laboratório onde uma viúva se abraçava ao caixão e não queria deixar enterrar o marido.... fazendo um verdadeiro escândalo na cidade de Contagem.



QUANTAS VEZES FOI MONTADO?

Por mim e grupos que eu dirigi ela foi montadas as seguintes vezes:

1988 – grupo teatral COLIBRI de Betim

1992 – Trupe Éparagir de Igarapé

1995 – Cia Profissional de Belo Horizonte – maior número de apresentações. Mais de 40 cidades visitadas.

2000 – Alunos da Escola de Artes Cênicas de Cons. Lafaiete


Por outros grupos não tenho muito controle mas tenho o conhecimento de umas 08 montagens em cidades diferentes.


A HISTÓRIA TEVE CONTINUAÇÃO?



Nunca escrevi nada com continuação. Mas é uma idéia. Vou pensar no assunto.


QUAIS OS OUTROS TEXTOS ESCRITOS POR VOCE?


Tenho muitos textos. Uns muito concorridos e montados e outros nunca montados. Vou citar os que eu me lembrar aqui sem consulta nos arquivos.

-Dia-a-dia na favela

-Procura-se um Romeu

-Cuecas e Sutiãns

-Morrer? Nem morto! (estes quatro publicados em uma edição esgotada)

-Se demorar acaba

-Lafayete em Procissão

-Salve o sol da nossa Terra

-Senhoras gerais

-Brincando de lembrar

-Perfume das rosas

-O macaco mágico

-A menina do nariz vermelho

-Guerra geral

-Verdades e mentiras

-Um rato diferente

-Gugu Dada-uma comédia de negócios

-Tias da Pú

-Lúcidos e Loucos

-Nas entrelinhas da Carochinha

-Um conto de fadas

-Ciranda Cirandá

-Mulheres de Shakespeare

-Jikkai

-Sonetos

-Casa ou não casa

-Adifícil conquista da vida

-Brasil no banco dos réus

-Sonho de criança

-Pecado de comadre

-Cálice e cale-se

-Separados

Me lembrei desses... tem vários textos menores que não coloquei aí e certamente deve ter alguns que não me lembrei aqui agora.




E nós do grupo de teatro Viver com Arte, agradecemos imensamente as pessoas que assistiram a este espetáculo e ao autor que carinhosamente nos concedeu esta entrevista.


3 comentários :

Cia. de Teatro Hedônicos disse...

Parabéns ao Grupo!

Me vi um pouco em vocês, justamente quando começei a fazer Teatro. Acho que é de pequeno que se começa a formar o caráter, e vocês são jovens, e já têm uma estrutura bacana.

É por aí, continuem nessa empreitada. Nunca disseram que seria fácil o caminho das artes. Mas sempre vemos que a coisa é de um prazer imenso.

Evoé!

Estamos seguindo vocês tb!

Abração

monica mosqueira disse...

Teve artista com 2 personagens/morto que não morreu/a irmã mala (mu Deus!Que voz era akela?hehe!)/um bêbado dedurando tudo..foi o dia que se não me engano,vi vcs em ação a primeira vz!Tem certeza gustavo,que vc não tava bêbado mesmo?hehe!Gostei!Parabéns!Tô esperando a próxima!

monica mosqueira disse...

pARABÉNS Geraldo Lafayete,PELA PARTICIPAÇÃO NA mOSTRA nACIONAL DE tEATRO QUE ACONTECEU EM jANEIRO EM gOVERNADOR vALADARES!

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